Este vídeo do Erik Qualman tem sido largamente divulgado no Twitter e é muito bom mesmo.

Mas cabe comentar que ele é pouco mais que um remix dos vídeos do Prof. Wesch (autor de Information R/evolution e Web 2.0 – The Machine is Using Us) com o Did You Know 3.0 (que é a versão atualizada para 2009 do Shift Happens de 2006/2007).

PS: “fad” se traduz como “mania” ou “capricho”.

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Social Media Brasil logo

O Social Media Brasil foi bem bacana.

Encontrei e conheci muita gente por lá, entre eles a Alê Mazzarioli que conheci num curso da Jump. A Alê me apresentou a Andrea Santos, que também é de Uberlândia. De Minas também o Fabio Ricotta, da MestreSEO. Também o Paulo Rodrigo Teixeira do Marketing de Busca, gente finíssima e o Daniel Sayon, que reconheci de nome porque havia acabado de me adicionar no Twitter. Conheci pessoalmente o Alexandre Formagio, que organizou o evento com muita vontade. Já o conhecia da lista de AI e do blog dele, mas pessoalmente ainda não.

No Slide Share já dá para encontrar a maior parte das apresentações que os palestrantes usaram no evento, inclusive na página do usuário oficial do SMBR. Filmaram tudo, mas não sei dizer se será liberado online ou não.

Pelo Twitter, seguindo a tag #smbr dá para ver tudo que o pessoal comentou de lá mesmo, apesar dos problemas com o WIFI. Aliás, o WIFI foi o único problema da organização em si. A galera protestou e tal, mas nada que estragasse a experiência toda. Aliás, rolou um divertido Twitter de papel para os sem-notebook. O evento teve vasta cobertura fotográfica no Flickr, pela tags smbr, socialmediabr e social media brasil.

A escolha dos palestrantes foi bem abrangente, os painéis foram bem estruturados e o que não saiu legal foi mais por conta de cada palestrante. Uma coisa muito reclamada lá era sobre o excesso de jabás. Tanto que alguns palestrantes do sábado cortaram cases das apresentações com receio das críticas, mas quando havia um aprendizado a se compartilhar com o case, não havia tanto problema. Acho que as reclamações rolaram quando era só exibissionismo barato, mas não achei que nada tenha sido tão exagerado assim como os comentários no Twitter levam a crer.

O Edney abriu a sexta-feira falando de números e ética online, foi conciso e bastante direto, com comentários bem colocados e uma postura bem pé no chão. No sábado quem abriu foi o Wagner Fontoura (Boombust/Riot), que deu o recado: “Não vou tentar explicar para este público o que é midia social, presumo que vocês já saibam.”

Faltou este bom senso no fechamento da sexta-feira e no encerramento do evento. As 2 apresentações de fechamento em ambos os dias foram bem fracas, deixando a sensação de que se podia ter passado sem elas. O Edney, curiosamente, participou como convidado no fechamento do sábado, mas não conseguiu salvar a lavoura. Até entendi a intenção do Juliano, mas a postura que ele tomou para se apresentar foi muito ruim. A moça ao meu lado não parava de comentar “Meu Deus, que terrível!”. No fim das contas foi tão bizarro que ficou até engraçado, mas quem levou a sério ficou sem entender onde ele realmente queria chegar. Como dizia a letra do Offspring, tem horas em que você tem de tirar os sapatos, encostar e relaxar! (ouça “Time to Relax” na Maestro.fm ou no próprio site da banda)

No sábado à tarde o Marcelo Tripoli fez uma palestra muito boa, uma das melhores do evento. O cara estava com a voz rouca por conta de uma gripe mas se esforçou para manter o ritmo até o final e fez o auditório cair na risada com alguns vídeos que fizeram história, alguns bem conhecidos outros nem tanto.

Listei os 4 vídeos no Youtube, vale a pena ver:

Na sexta-feira o Gustavo Fortes da Espalhe deu um recado muito bem dado, que não é novo, mas não deixa de ser importante frisar: “mídia social não é viralzinho”. Após o almoço o Ian Black fez uma apresentação que começou fraca mas terminou supreendendo a todos pela discussão ao final, com grande participação da platéia. Caso da Dona Lu na Wunderman foi divertido.

No sábado, o Roberto aLoureiro apresentou o case da Tecnisa em redes sociais, um dos mais sólidos exemplos nacionais de uso da internet com consciência e maturidade. Boas lições e pé no chão: “Experimentamos e temos maturidade para admitir quando erramos”. Ele contou sobre o caso do atendimento na madrugada, que foi criado para estudar uma demanda reprimida e descontinuado com a chegada da “crise” no final de 2008.

Agora, momento #FAIL absoluto do evento foi a apresentação da Performance Media. Não por ter chamado o Doodle da final da UEFA de “Froogle”, que isso foi detalhe mínimo, mas por estar boiando completamente sobre tudo que estava em discussão ali. Como assim vender links patrocinados para blogueiros divulgarem seus blogs? De que adiantou ser patrocinador ouro do evento e subir ali para queimar o filme? Qualquer um pode ficar nervoso ao falar em público, mas ali foi demais. Vi mais gente comentando isso no intervalo, mas só 1 comentário no Twitter. Pelo jeito pouca gente estava prestando atenção porque era momento jabá.

No geral, o evento foi bom. Faltou mais conteúdo, mas valeu a pena. Quem não foi pode ver as apresentações online, porque quem foi tá twittando e blogando até agora.

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“O mundo precisa de mais gênios humildes. Restaram poucos de nós!”

A frase é de Oscar Wylde. Uma ironia bem-humorada sobre um dos aspectos mais intrigantes do caráter humano, a falta de humildade. Esta pretensa noção de superioridade que todos nós carregamos e da qual alguns (poucos) tentam se curar, através das mais variadas manifestações meta-físicas (ou “metafísicas”, já nem sei, viva a reforma antográfica).

Com todo esse hype em torno de diálogos, imagens, marcas, celebridades, a noção de humildade ficou em algum ponto da história recente da humanidade. Tentei procurar na Wikipedia, mas não achei onde.

Uma sociedade que organiza seus valores em torno de causas sem a menor importância não pode se dizer autêntica. Se não custar a sua vida, não é uma causa.

Chris Locke, Doc Searls, David Weinberger já avisavam no Cluetrain Manifesto:

“Uma poderosa conversação global começou. (…) Seus membros se comunicam em uma linguagem que é natural, aberta, honesta, direta, engraçada e muitas vezes chocante. Quer seja explicando ou reclamando, brincando ou séria, a voz humana é genuína. Ela não pode ser falsificada.”

Uma voz humana que não acredita, que não é autêntica, não pode ser humilde. Será autêntica se for humilde, mas jamais será humilde se não for autêntica. E só os humildes podem ser verdadeiramente prepotentes. Só tem o direito de ser prepotente aquele que carregar uma mensagem autêntica.

Uma tocha olímpica que valha o esforço, a dedicação de uma vida por um objetivo. Uma tocha que não tem significado, que não representa uma mensagem não vale o esforço de ser carregada nem a consideração de ser ouvida.

Por isso, mais do que nunca, sinto uma desesperadora necessidade de humildade. Humildade autêntica. As empresas precisam mudar. Para isso, as pessoas precisam mudar.

“Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas.” Mário Quintana

A mídia social engaja as pessoas e muda a forma com que elas veem o mundo. Finalmente qualquer voz pode ser ouvida. E as vozes autênticas levam as pessoas a se engajar. Antes de falar de marketing, vamos falar de princípios. Aquilo que as empresas chamam de “valores”, logo após sua missão e sua visão. VA-LO-RES. AU-TÊN-TI-COS.

Explorar a conversação faz parte do jogo da sociedade capitalista, mas as regras do jogo são claras. Se não for autêntico, não tem conversa. Esta é a grande regra principal, a regra de ouro. Conversações. Diálogos. Não monólogos.

Quem entra nas mídias sociais sem respeitar a regra de ouro corre um grande risco.

Por isso, antes de cogitar iniciar uma conversa, é bom tomar uma boa dose de humildade:

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The Pale Blue Dot (O Pálido Ponto Azul)
A narração (se não me engano) é do Carl Sagan.

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Dance Monkeys, Dance!

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“Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo, é um imenso prazer para mim dividir um planeta e uma época com você.”
Carl Sagan

Hoje vou dormir mais humilde.

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Não é todo mundo que se liga neste tipo de case, mas quem prestou a mínima atenção ouviu dizer que a internet foi uma ferramenta de comunicação fundamental na campanha de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos.

O site da campanha foi um dos mais bem feitos que já vi, funcional, lindo e extremamente útil.

Além do próprio site, a campanha de Obama se valeu das mídias sociais para divulgar a imagem do candidato, e fez isso de forma magistral. Twitter, YouTube, Flickr e um site mobile fizeram a diferença para o público conectado na campanha.

Esta apresentação abaixo detalha alguns aspectos e números da campanha:

Depois de ver o nível de detalhes e a quantidade de ações integradas, fico pensando no tamanho da equipe que planejaou e executou tudo isso, sem falar no dinheiro que isso deve ter custado. Isso tudo só demonstra que a equipe de Obama, além do próprio, pode realmente vir a fazer valer a tal mudança. Assim esperamos!

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Um artigo muito bom recomendado pelo Ricardo Jordão Magalhães sobre como a CNN vem usando a mídia social para interagir com as pessoas.

O mesmo Jordão entrevistou o guru do marketing Seth Godin. A entrevista está em português.

Por fim, Armando Fontes, o cara, comenta no Design-se sobre 99 sites que todo designer deveria conhecer!

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O Lee Lefever acaba de divulgar mais um vídeo da série que explica aspectos da internet que nem todo mundo sabe para que servem, ou, como ele mesmo comenta, explica o que é Podcast porque o uso deste recurso é muito mal entendido.

O áudio é em inglês, com narração bem feita, então mesmo que você não tenha grandes habilidades com o idioma pode aproveitar. Se não entende necas de inglês, ainda sim pode sacar o contexto pelas “figurinhas”.

Em último caso, se você odeia inglês e acha Podcast um saco, vale pela qualidade da animação. “A simplicidadade é o último grau de sofisticação” (citação atribuída a Leonardo da Vinci).

Entenda como funciona o Podcast:

No site da Common Craft há vários outros vídeos.

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